E O AMBIENTE SOCIAL E PROFISSIONAL
Todos conhecem, reconhecem e sabem a força e o poder de agressão e desestabilização emocional causadas pela fofoca. Ela sempre tem a intenção de causar esse efeito. A fofoca tem o objetivo de minar, aniquilar ou destruir aquelas pessoas que incomodam, que causam inveja, que se têm ciúme, que não se gosta e cujo sucesso causa inveja e faz mal ao fofoqueiro. O fofoqueiro age e reage de maneira obscura e quase sempre anônima. A fofoca é uma espécie de “bulling” pessoal com efeitos profissionais e sociais. A fofoca também é covarde, pois quase sempre ela se vale de falar de ausentes, à distância e pelas costas. O fofoqueiro não tem coragem de falar frente a frente e olhos nos olhos.
O pior é que mesmo quando algumas pessoas identificam o fofoqueiro, ainda assim, algumas vezes se deixam envolver e não sabem evitar ou reagir à sua ação inescrupulosa.
Uma forma simples, objetiva, clara e imediata para evitar a sua ação nefasta, pode começar por 10 perguntas bem simples:
1. Você tem certeza que isso é verdade?
2. Qual é a utilidade de falar sobre isso?
3. Você acha honesto falar isso?
4. Por que você está me contando isso?
5. Qual é a sua intenção ao me contar?
6. Você de fato conhece esta pessoa de quem está falando?
7. Você já disse para essa pessoa o que está contando para mim?
8. Você não está contando isso para a pessoa errada?
9. Posso comentar (com a pessoa difamada) o que você está me falando sobre ela?
10. Você conhece a história, o processo, a estrada, as dificuldades, as derrotas, as vitórias e os percalços dessa pessoa?
Qualquer uma dessas perguntas, normalmente inibe a ação do fofoqueiro e evita que ele pense que o seu interlocutor, seja uma pessoa manipulável, ingênua e uma semente no campo fértil da disseminação da sua erva daninha.
Não se deixa essa erva daninha se propagar!
As organizações sérias e justas devem ter mecanismos para identificar, evitar e eliminar a ação de fofoqueiros. Eles rapidamente devem ser afastados dos grupos de trabalho. Mesmo quando eles parecem engraçados, ao longo do tempo eles minam os alicerces antes sólidos e saudáveis de qualquer instituição.
A ideia do fofoqueiro é eliminar o seu objeto de agressão e para isso usa a boca, os ouvidos, a influência e a rede social real do possível disseminador para formar a teia da maldade. O fofoqueiro quer separar as pessoas, evitar as suas promoções, apagar os seus méritos, impedir que sejam vitoriosas e, se possível, que elas desapareçam da sua frente.
Não significa que o fofoqueiro confia no interlocutor (disseminador). Na verdade, ele o usa e... Sem ilusão, o interlocutor também será objeto de fofoca na primeira oportunidade que o fofoqueiro enxergá-lo como um vencedor, concorrente ou oponente. A base da fofoca é a inimizade, porque amigo não fala mal de amigo, no máximo apenas comenta algum fato ou alguma ideia. Enquanto que o fofoqueiro só enxerga a pessoa física. Como já se sabe, o fofoqueiro é uma aranha extremamente hábil na construção da sua REDE DE INTRIGAS.
Quando existe a intenção, qualquer fato ou motivo é suficiente para acionar a tecla da fofoca: um abraço afetuoso ou um cumprimento com beijinhos entre duas pessoas, aos olhos maldosos de um fofoqueiro é o bastante para se criar um castelo de fantasias, onde se enxerga a sexualidade das pessoas e não a sua essencialidade, e que no caso, a simples manifestação do carinho é apenas pura sensibilidade.
Confundir sexualidade com sensibilidade pode caber bem ao fofoqueiro, mas, junto a um receptor minimamente inteligente e com RAZÃO E SENSIBILIDADE, a fofoca não prospera.
O fofoqueiro normalmente é um desorganizado, pois é incapaz de cuidar da sua própria vida. Mas ele é coordenado quando intencionalmente pode atingir pessoas fragilizadas e que dobram a força da fofoca ao aceitar o seu manto negro. Identificar a fofoca é uma forma de ninguém se desmerecer na autocrítica e não cometer uma injustiça contra si próprio.
A fofoca tem como alvo afetar a dignidade e ao lembrar e reconhecer que ela pode causar a amputação da espiritualidade e que este caso, não existe prótese, então se enxerga quanto a fofoca pode ser violenta. A fofoca não visa destruir a pessoa, mas o ser humano!
Mesmo nos casos em que não se quer aumentar e nem disseminar a semente da fofoca, deve-se ter cuidado com a essência das palavras. Se elas chegarem abruptamente, indelicadamente ou desrespeitosamente aos ouvidos da vítima da fofoca, no mexerico ou no disse-me-disse, também terão um efeito cruel.
Também existem os agentes de plantão maldosos que mesmo com palavras aparentemente carinhosas e convincentes, falsamente, acabam com os pilares de sustentação da última resistência do objeto da fofoca. Deve-se estar atento e não permitir que esses agentes atuem como reforços disseminadores!
Sem o menor constrangimento, não se deve dar água na boca do sedento fofoqueiro, e sim, defenestrá-lo.
Como ensinaram os mestres sábios: quando estiver feliz se benza, pois a sua felicidade poderá ofender algumas pessoas!
E, para finalizar, cabe novamente sempre lembrar o que disseram as nossas queridas avós: em boca fechada não entra mosquito!