OS CUMPRIMENTOS, APRESENTAÇÕES E CONVERSAS

Mesmo que essas ações façam parte das rotinas diárias, algumas vezes, as pessoas cometem deslizes que frustram e até ofendem seus interlocutores.

Cumprimentos:

Ao cumprimentar com aperto de mãos, mesmo informalmente, existe uma ordem de precedência que indica a quem cabe a forma de cumprimentar ou a iniciativa de estender a mão. Sempre a pessoa mais importante é quem deve tomar essa iniciativa. Socialmente, essa ordem é definida pelo grau de importância das pessoas. O mais importante, primeiramente, é o mais idoso (idade), por segundo é a mulher (sexo - a mulher é mais importante que o homem) e, por último, o cargo ou função. Profissionalmente, o cargo protocolarmente mais alto é o mais importante, por segundo a idade e, por último, o sexo.

Quando o cumprimento for com aperto de mãos, em princípio, obrigatoriamente, ambas as pessoas devem estar em pé.

Deve-se evitar qualquer atitude empolgada. Não se deve apertar demais as mãos e dedos das pessoas, principalmente as mãos das mulheres que usam simultaneamente vários anéis. Quando isso acontece, algumas quase gritam de dor. Para evitar que aconteça, o correto é apenas abraçar a outra mão sem tentar imprimir força. Sim, pois o aperto de mãos é um abraço de mãos!

No cumprimento de mãos não se deve sacudir as outras pessoas com movimentos fortes e repetidos e, também é desnecessário dar tapas ou porradas nas costas do interlocutor. Agir assim, incomoda e constrange!

Muitas vezes observam-se algumas autoridades prolongando excessivamente o cumprimento e fazendo movimentos exagerados para cima e para baixo com os braços, sob a justificativa do registro da imagem pela mídia. Pode-se até prolongar um pouco, mas discretamente. Além de ser inadequado, há muito tempo a imprensa está modernamente equipada e bastante ágil para conseguir o registro da imagem rapidamente. Pior ainda é prolongar esse cumprimento indefinidamente enquanto ambas as pessoas olham para as câmeras com um sorriso inadequado, em vez de olharem nos olhos do cumprimentado como recomenda a educação, a sinceridade, a gentileza, o protocolo e a etiqueta social.

Apresentações entre pessoas:

Para apresentar, é simples: deve-se olhar para a mais importante (mesma referência e critérios mencionados em cumprimentos) e de maneira clara, objetiva, direta e simples se diz: “apresento-lhe fulano ou sicrano”. Agindo-se dessa forma, estimula-se a ação. Evita-se dizer “este é o fulano ou beltrano”, pois dá a impressão que se está apenas mencionando ou descrevendo uma estátua ou um objeto. Com pessoas, apresenta-se!

Não é sensato ou educado abraçar ou dar beijinho em quem está sendo apresentado. Além de vulgar e da possível inconveniência, deprecia os amigos que merecem e recebem esse tratamento mais afetuoso e íntimo.

Evita-se falar “prazer” pelo simples fato de que, na apresentação ainda não se avaliou se de fato aquele contato será prazeroso ou não. Na despedida pode-se falar que foi um prazer ou simplesmente dizer até logo é o suficiente.

Evita-se chamar de amigo, indiscriminadamente, a quem não se conhece, a quem acabou de se conhecer ou a quem pouco se conhece. Afinal, agir assim desmerece os verdadeiros amigos.

Conversar com pessoas:

Conversar, trocar ideias e conhecimentos, saber pontos de vista de outras pessoas e aprender, é útil e muito agradável. Assim, para começar é bom lembrar que para alguém ser agradável não deve falar o tempo todo como se estivesse sozinho. Não se interrompe a conversa de pessoas. Também tem que saber ouvir. Expor as próprias ideias não significa ter razão. É inconveniente se colocar como o herói das suas próprias histórias.

É proibido dialogar ou conversar com alguém mascando chicletes com movimentos de boca rotatórios, intensos e indiscretos. É gafe e incomoda!

É proibido interromper uma conversa, mesmo que seja com um subordinado, para atender um telefone. Quando isso acontecer, mas não deveria, alega-se que é uma situação importante e grave, pedindo-se as devidas desculpas. Repetir o atendimento ao telefone durante o mesmo contato pessoal pode dar margem a que a outra pessoa peça licença e se retire.
Igualmente, numa roda de amigos, observar alguém mexendo o tempo todo no celular, deprecia as pessoas presentes. Afinal, se os assuntos ou as pessoas não interessam, é melhor se afastar. É menos desagradável! Essa cena tão mal educada não é incomum. Há pessoas que já passaram pela situação até num atendimento à saúde, onde um paciente relata os seus sintomas e se obriga a interromper-se porque o seu médico atende a uma ligação telefônica. Tal fato transforma o paciente em impaciente. Quem já se viu envolvido em situação semelhante, sabe quanto isso incomoda e é grosseiro!

Enfim, interromper uma conversa com quem está próximo para atender telefonicamente alguém que está a quilômetros de distância, no mínimo, além de falta de educação, é desrespeito!