CHIQUE



Ser chique é quase fácil para a totalidade das pessoas, pois depende basicamente de se ter informações e agir conforme as normas ou regras profissionais e sociais e, dessa forma, fortalecer predominantemente a imagem pessoal.

Ser chique é quase mecânico para quem tem a oportunidade, a possibilidade e a vontade de exercitar essas informações.

Assim, por exemplo, aprende-se a forma correta de cumprimentar pessoas: que o cumprimento de mãos ou com beijinhos no trabalho deve se limitar a uma única vez ao dia, inclusive para não se perder tempo ou se desconcentrar das tarefas a serem cumpridas. Aprende-se também que ao se estender as mãos no cumprimento, ambas as partes devem estar em pé.

Aprende-se a maneira certa de apresentar pessoas e, ainda, dependendo do ambiente, apresenta-se conforme a idade, o cargo ou o sexo das pessoas. Socialmente, a idade é a referência mais importante e, profissionalmente, é o cargo o mais importante. Aprende-se também que não se deve dar beijinho na apresentação de pessoas.

Aprende-se a distinguir a roupa indicada e certa, de acordo com o ambiente, para o lazer, o trabalho e os compromissos sociais. Distingue-se e se usa o traje esporte, o traje esporte fino ou casual, o traje social ou o traje rigor (gala), também conforme a ocasião ou o evento.

Aprende-se a agir à mesa utilizando-se corretamente os talheres, os copos, os guardanapos, etc.

Aprende-se a confeccionar cartões de visita ou profissional e a saber entregá-los de maneira adequada.

Resumindo-se: para ser chique é necessário ter as informações, aprender e exercitar essas e outras tantas ações, as quais, como foi mencionado, são mecânicas e podem ser melhoradas conforme o treinamento e a prática.

ELEGANTE

Deve-se adiantar: é muito mais fácil ser chique do que ser elegante!

A elegância envolve muitas outras coisas que extrapolam a informação e o mecanicismo. Ela transcende a informação e, literalmente, se transforma em formação.

A elegância abrange o conteúdo, as referências, a educação, a gentileza, os valores, a ética, a moral, o caráter, o respeito, a bondade, a generosidade, a honestidade, a simpatia, a empatia e todas as virtudes e os bons sentimentos.

Não se trata mais apenas de agir e cumprir as normas ou regras profissionais e sociais. Não se trata mais somente da imagem profissional e social, mas também e principalmente do conteúdo pessoal. Trata-se sim de internalizar, entender, refletir, discernir, agir e interagir de acordo com a importância desse conteúdo. Não basta mais parecer... Tem que Ser! Tem que mostrar! Tem que sentir!

Trata-se de ultrapassar a ação decorrente das informações e seu possível mecanicismo, acrescentando-se comportamentos, posturas e atitudes positivas que fortalecem a convivência e fazem as pessoas mais felizes. Claro que a elegância trata de se ser agradável, solícito, educado, gentil, cortês, etc, não apenas por polimento ou para puxar-saco, mas por sentimento, carinho, bondade, generosidade, nobreza e absoluta empatia. Os exemplos já citados e repetidos a seguir podem ser poucos, mas acredita-se que permitam o entendimento e a reflexão sobre esse leque imenso do que é ser chique e do que é ser elegante.

A elegância, não trata apenas de cumprimentar as pessoas, desde a zeladora, o ascensorista, o porteiro e até a família ou os colegas de trabalho ... Isso é obrigação! Trata-se sim de cumprimentar com um sorriso, com solidariedade, com simpatia e com empatia mesmo que o próprio mundo esteja desabando. Por quê? Simplesmente porque isso faz bem para todos.

A elegância não trata somente de ver ou de conhecer as pessoas, mas ainda de reconhecer que nada é fácil para ninguém e que, de alguma forma, muitas pessoas podem estar fragilizadas, podem ter dificuldades e que também enfrentam enormes batalhas. Agir e interagir com compreensão, com gentileza, com simpatia e com empatia pode melhorar um pouquinho a vida de todas elas.

A elegância entende que apresentar pessoas favorece que elas se sintam importantes, conhecidas e valorizadas pela atitude.

A elegância identifica que vestir o traje certo não significa usar qualquer roupa cara ou desconfortável, mas sim, apenas vestir a roupa adequada e que evidencia que se valoriza o ambiente profissional, social, familiar, o convite recebido ou o evento a que se comparece.

A elegância mostra que saber agir à mesa usando corretamente os talheres é chique, mas o comportamento, as posturas e as atitudes à mesa são ainda muito mais importantes. Por exemplo: controlar a ansiedade e esperar que a companhia ou quem senta-se ao lado ou à frente também esteja servido antes de iniciar a refeição.

A elegância compreende que saber confeccionar, receber, retribuir ou entregar cartões de visitas ou comerciais continua sendo absolutamente necessário. Profissionalmente sempre! E, no cotidiano, onde muitas vezes pode ser complicado anotar, então a entrega de cartões valoriza o interlocutor e favorece a empatia.

Para finalizar: a elegância não é apenas uma passagem e uma visão do mundo exterior e suas respectivas ações de acordo com suas regras ou normas. A elegância, mais do que uma passagem, ela exige uma verdadeira viagem ao mundo interior das pessoas no intuito de estimular, preservar e sedimentar a harmonia e a convivência.

A elegância é vista e é fortalecida pelo discernimento e pela identificação de tudo aquilo que faz valer a pena e que ilumina a Alma. Deve-se entender como se deve percorrer o caminho, pois como disse o grande poeta: o processo que faz existir a estrada é Divino!